Não é por acaso: sucesso de "Reputation" mostra genialidade de Taylor Swift

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2017 13h51
Reprodução

Taylor Swift conseguiu números impressionantes com o lançamento de seu disco, “Reputation”, que chegou às lojas em 10 de novembro. Sem liberar o material para as plataformas de streaming, que sempre representam números expressivos quando artistas divulgam seus álbuns, a cantora atingiu a marca de 1,238 milhões de unidades comercializadas nos Estados Unidos, apenas com vendas tradicionais.

Numa era em que é cada vez mais raro as pessoas adquirirem álbuns em lojas físicas ou mesmo de forma digital (como o iTunes), como a loira conseguiu fazer com que as pessoas se interessassem pelo material? A resposta vem muito lá de trás, bem antes de sua concepção e junta diversos fatores.

Primeiramente, Swift é uma das artistas mais premiadas dos últimos 10 anos e não conquistou tanto sucesso à toa. Em suas composições, sempre buscou utilizar de suas experiências pessoais para cativar milhares de jovens, seja no romantismo ou no antagonismo de suas rivais.

Sim, você mesmo já deve ter se perguntado quando que Swift faria uma canção sobre seu namoro com Calvin Harris, não é mesmo? Ou se ela pegaria pesado para citar Kanye West e Kim Kardashian depois de toda a polêmica que se envolveram. Com “Bad Blood” ocorreu exatamente isso e ficou claro que Taylor sabe transformar seus sentimentos mais puros e outros nem tanto assim em ouro.

A norte-americana soube transitar do country para o pop com maestria e mesmo com apenas 27 anos hoje, demonstra ter um grande conhecimento de como funciona o mercado fonográfico e também a cabeça de seus fãs. Mesmo com um acesso mais amplo utilizando as plataformas de streaming, Swift resolveu retirar todo o seu catálogo e causou rebuliço. Só deu o braço a torcer em 2017 – no mesmo dia do lançamento do disco de sua “rival” Katy Perry, ela disponibilizou sua dicografia. Mais uma jogada maestral.

Com o sucesso de “Red” (2012) e principalmente de “1989” (2014), ficou claro que Taylor se sustentava apenas com sua imagem. O que ela fizesse se tornaria ouro. O ano de 2016, no qual Swift passou muito tempo na mídia por conta de seus casos amorosos e também por mais um capítulo de sua rixa com Kanye West e agora Kim Kardashian, ajudou a criar um terreno perfeito para ela trabalhar num disco.

Como uma jogadora experiente, Swift simplesmente desapareceu, deixando de dar notícias nas redes sociais e também em festas e badalações de sua vida pessoal. Os fãs e a mídia ficaram se perguntando o que a cantora estaria fazendo em seu período sabático. Uns apostavam que ela queria curtir em paz a sua vida, enquanto uns acreditavam que ela já estava em estúdio, mas na surdina.

Tudo isso fez a expectativa e a ansiedade por notícias aumentar cada vez mais, até que ela começou a se mover em agosto, apagando todas as suas publicações. A velha Taylor não poderia mais atender, porque ela estava morta. A partir daquele momento, a nova Swift surgiria, defendendo a sua reputação.

Não é preciso dizer que após “Reputation” ser anunciado e o single “Look What You Made Me Do” ser divulgado, ficou desenhado todo o plano de marketing que a cantora e sua equipe traçaram. As letras que se direcionavam para seus rivais não foram mostradas, o álbum não seria disponibilizado para as plataformas de streaming inicialmente e para conferir o resultado, teriam que adquirir as cópias nas lojas.

Taylor Swift não tem vergonha de reconhecer o tamanho que seu nome representa nos Estados Unidos e no mundo, sabe trabalhar em cima disso e atrair a atenção dos fãs mais fanáticos e até de quem gosta de algo mais casual. Resta saber até quando essa fórmula irá funcionar, mas o importante é aproveitar o presente e o sucesso de seu talento na música e no marketing pessoal.

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